É a história de uma Alma que entre várias mortes e renascimentos foi apaixonadamente conduzida para um abismo igual ao de outras vidas.
Numa época situada algures na Idade Média, ela apaixonou-se por um Cavaleiro. Ela era uma das damas da Senhora daquelas terras.
Rebelde e altruísta, vivia no Castelo junto ao mar e passava imenso tempo a aguardar que o seu Amante voltasse para ficar nos seus braços. Era feliz...
Certo dia o Cavaleiro convida-a para a sua Torre, para que possam construir uma vida sem aquele sentimento doloroso de saudade. Apaixonadamente, mas de certo modo receosa a Dama aceitou o convite.
Foi recebida de braços abertos pelo Cavaleiro, na sua humilde Torre, porém de coração fechado. A Alma daquela Dama fechou-se ao Mundo, tentando dar tudo de si mesma àquele que amava, àquele a quem se confiara. No fundo, ela sabia que era muito mais do que apenas aquilo, mas nada mais interessava... Porém o coração daquele Cavaleiro já se havia fechado para ela e ela sabia-o... Ele proferia palavras que a magoavam e ela ouvia, sofrendo em Silêncio.
Ela sabia a razão pela qual tudo estava a acontecer, mas não podia acreditar que aquele a quem confiara o seu destino, aquele em quem confiava há anos ... Não, não podia ser...
Mas ele apenas via o exterior e aquela mulher era demasiado grande, demasiado independente, demasiado ela, talvez...
Não foi difícil de se apaixonar por alguém que pudesse salvar, deixando aquela Alma entregue a um novo Abismo e quiçá novas Auroras...em novas vidas.
Em novas vidas, sim, porque aquela não foi muito além. Depois de tentar refazer a sua vida junto da sua antiga Senhora, não suportou a Dor e deu-lhe um final no Abismo do Inferno.
Que esta Alma continue na sua Aurora, na sua Doce Aurora, após ter sido lançada ao Abismo.
Como vos disse, nesta história, como em todas, não há vítimas, nem vilões.
A dor, o desespero, a mágoa é que dão essa perspectiva.
Não é apenas uma questão de intenção. Não somos ninguém para julgar, somos demasiado pequenos para tarefa tão grande, por isso erramos tanto.
[...]You live the Dawn of fate
You're invited to the fight
[...]
Can we save ourselves this time,sweet dawn.
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